A gente precisava de mais tempo, disse advogado sobre troca na defesa
Com apresentaçao de novo advogado, juíza remarcou o júri de Bruno. Agora, Bruno, Bola e Dayanne serao julgados em 21 de janeiro de 2013.
Publicada em 21/11/12 - 322 visualizações
por G1
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O advogado Francisco Simim, que defende o goleiro Bruno no processo do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, será substituído por Lucio Adolfo da Silva. A substituiçao foi aceita pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues nesta quarta-feira (21), terceiro dia do júri popular, em Contagem. Segundo Simim, a mudança, que implicou no adiamento do júri do goleiro, foi uma estratégia. “É estratégia sim, porque a gente precisava de mais tempo para estudar o processo”, disse o advogado.
De acordo com Simim, o desmembramento valeu para “ganhar prazo, porque tem um habeas corpus para ser julgado”, se referindo ao pedido de soltura impetrado pela defesa do goleiro no Supremo Tribunal Federal (STF), e ainda nao julgado. Segundo o advogado, o novo defensor será o único representante de Bruno no plenário, a partir de hoje. Mas, nos bastidores, Simim disse que toda a equipe continua trabalhando pela defesa do goleiro.
Lucio Adolfo, disse em entrevista, na porta do fórum de Contagem, que nao conhece nada das 15 mil páginas que integram o processo, e que o prazo era necessário para a leitura dos autos. “Fui chamado para participar da defesa do Bruno hoje. Nao conhecia o processo. Pedi a juíza um prazo para que eu pudesse analisar a matéria junto com o doutor Tiago Lenoir e o doutor Francisco Simim. E vamos fazer isso”.
O novo advogado contradisse Simim, ao afirmar que a substituiçao nao é uma estratégia da defesa. Absolutamente. Nao é uma estratégia, é uma necessidade. E disse ainda que a juíza foi muito compreensiva ao lhe conceder o prazo de dois meses para a leitura do processo. Vou me debruçar sobre o proceso. (...) O prazo é bom. Nao é manobra. Nao vou forçar um adiamento, completou.
Lucio Adolfo ainda se defendeu a respeito das várias trocas de advogados na defesa do goleiro, dizendo que precisamos respeitar o que é legal. Essa é uma estratégia legal de trabalho. Se beneficiar o Bruno, qual o problema? Voce acha que eu faria algo para prejudicá-lo? Acabei de falar com ele e ele está tranquilo, vai voltar para o presídio tranquilo. E completou. Voces acham, seriamente, que neste ambiente tenso, tumultuado, é possível fazer um julgamento justo?, questionou.
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